quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fique magro, fique paranóico


É fato conhecido por todos nós que o almejo por uma forma física idealizada por padrões impecáveis de definição de músculos vem se tornando mais presente e mais irrefutável na conjuntura social do século XXI. Propagandas nos meios de comunicação nos perseguem incansavelmente e fazem com que as pessoas mais "gordinhas" se sintam rejeitadas, mesmo que isso faça parte somente de suas imaginações.

Cientistas americanos afirmam que a maioria da população mundial está acima do seu peso considerado saudável. Desta forma, essas pessoas são vistas como doentes. De fato este excesso de peso pode vir a ocasionar doenças cardíacas, ortopédicas e até mesmo psicológicas (como desenvolver uma mania de perseguissão por parte das pessoas "magras"). Digamos, então, que algumas detas pessoas que estão acima do peso comecem a querer emagrecer: começam a frequentar academias que prometem em seus "slogans" que a pessoa pode perder cerca de seis quilos por mês, e cortam alimentos muito gordurosos de sua dieta diária. Ao ver os resultados de seus esforços, este grupo, decidido em perder peso em busca de ser aceito dentro de uma sociedade que transpira magreza, começa a ir às acadmeias com maior frequência e a diminuir alimentos que não são tão gordurosos mas que, em excesso, podem lhe engordar.

Alguns membros deste agrupamento de pessoas dispostas a tudo para se manterem magras já apresentam sintomas de doenças cujos casos aumentam na mesma velocidade dos casos de obesidade: os distúrbios alimentares (tais como a anorexia e a bulimia).

Na última década, médicos e psicólogos vêm se deparando com estas doenças com mais frequência. A anorexia (que faz com que a pessoa se veja muito mais gorda do que de fato é) e a bulimia (pessoas provocam o vômito para não engordarem) são debatidas entre nós. O resultado é que esta sociedade obcecada por magreza tem feito com que todos se esqueçam do mais importante: cada um tem que se sentir bem bem consigo mesmo, desde qu ecom saúde. Caso contrário, teremos em nossos jornais mais mortes causadas pelo verdadeiro preconceito social que exclui pessoas consideradas gordas da comunidade humana.

sábado, 3 de abril de 2010

Crônica

Hoje vou postar uma crônica que escrevi na época de escola ainda (preciso colocar textos mais atuais aqui, não?). Espero que gostem.


Surpresa pra você

É extraordinária a capacidade humana limitada a poucos de pressentir que algo importante está chegando a suas vidas, às vezes embrulhadas em pacotes.Lúcia havia vivido o suficiente para formar a opinião de que se pode saber de coisas antes que elas aconteçam, embora estivessem sentindo ardência no peito.
Com medo de estar com algum problema cardíaco, ela decide deitar-se em sua cama, liga a televisão para acalmar-se. Mal sabia esta infeliz mulher que seus últimos passos em seu apartamento poderiam ser os últimos de sua vida. O Jornal Nacional começou com a notícia de que o editor da revista Vanity Fair estava em São Paulo para dar uma palestra sobre como materiais nucleares eram facilmente vendidos em países como o Brasil.
Brasil. Droga de país onde de tudo pode acontecer. Tudo, assim como uma bomba chegar à porta de sua casa. Sentindo-se por do ardor, decidiu desligar o aparelho informante e pensou que estaria bem melhor se seu marido não estivesse viajando a algum país asiático a trabalho. Com seu cheiro, carinho... toc toc.
Alguém estava batendo na porta. Abriu a porta, recebeu o pacote das mãos daquele mensageiro medíocre que num momento como esse de tanto suspense ainda olhava para o corpo cheio de curvas de Lúcia. Ela escutou uma exótica música árabe vindo da caixa. “Já era” pensou ela ‘’os desgraçados dos terroristas me acharam e vão me detonar’’.
Como se ela tivesse levado um tiro, seu coração pulou. A caixa se abriu sozinha, revelando um álbum de fotos de uma casa, um mapa, passagens de avião e uma carta de seu marido dizendo que comprara uma casa no país em que estava. Pensou em seguida no fracasso dos terroristas e riu-se de sua estupidez.